Uma equipe afinada: a partir da esq., Cíntia Pinheiro, a coordenadora Patricia Lisboa, Ana Paula Silva e Jéssica Nobre; em segundo plano, o médico Egberto de Moura   Que o cigarro faz mal, todos já sabem. Mas uma pesquisa desenvolvida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) alerta para uma perigosa relação, ainda pouco divulgada: o hábito de fumar das mães, durante o período quando estão amamentando, pode desencadear, nos filhos, uma maior propensão à obesidade e hipertensão na vida adulta – ou já na própria infância. Os testes realizados em laboratório, em ratos, coordenado pela bióloga Patricia Cristina Lisboa, no Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (Ibrag/Uerj), sugerem que esse desdobramento ocorre por uma série de alterações metabólicas e endócrinas no organismo dos bebês que são alimentados com o leite de mães fumantes – mesmo que fumem longe dos rebentos.