Mais que 380 pessoas participaram do evento de inauguração do Centro de Visitantes do Projeto Coral-Sol na Vila do Abraão, Ilha Grande na sexta-feira dia 18 de fevereiro. O Centro tem como objetivo divulgar ao público residente e visitante as atividades do Projeto Coral-Sol. Essa iniciativa socioambiental propõe resolver, em 25 anos, problemas ambientais e sociais causados pela bioinvasão do coral-sol na zona costeira do Brasil.
   O Centro tem uma exposição permanente com painéis informativos sobre o projeto, um modelo de recife de coral, uma mostra do maior coral já removido da baía da Ilha Grande, um aquário com corais vivos, uma biblioteca temática e uma área para atividades de educação ambiental para o público jovem (quebra-cabeças, desenhos marinhos para colorir e folders). O público também pode acompanhar quantos corais-sol foram removidos do ambiente pelo projeto.
   Um DVD no Centro mostra o impacto causado pelo coral-sol e as atividades do projeto em campo, incluindo pesquisas, monitoramento e educação ambiental.
 
   O coordenador do projeto, Prof. Joel Creed do Laboratório de Ecologia Marinha Bentica do Instituto de Biologia da UERJ, vem pesquisando a problemática dos corais desde 2000 e conta com uma rede de parceiros composta por instituições públicas, privadas e do terceiro setor, sob a coordenação do Instituto Biodiversidade Marinha com patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental.
  
   Os corais-sol são espécies não nativas que colocam em risco a biodiversidade marinha e desestruturam ecossistemas costeiros, impactando unidades de conservação e ameaçando espécies nativas de extinção. Elas foram introduzidas no Brasil no final da década de 80, e invadiram costões rochosos do litoral, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
 
   O Projeto Coral-Sol tem como objetivo a recuperação ambiental das áreas impactadas através de controle e erradicação do coral-sol. Pequenas populações do coral-sol estão sendo erradicadas e na Baía da Ilha Grande, onde há pelo menos 3 milhões de indivíduos do coral, o controle está sendo feito pelos catadores de coral capacitados pelo projeto. No futuro, o esqueleto do coral será explorado como “souvenir” (lembrança), mas isso apenas depende de licenciamento ambiental. Esses produtos irão suprir uma demanda nacional e internacional por corais brutos e em forma de artesanato.
 
   A visitação ao Centro é gratuita e conta com orientação dos monitores do projeto. Muitos são alunos de UERJ capacitados pelo Programa de Estágio do projeto que é aberto a graduandos de modo geral. O centro fica na Rua Amâncio Felício de Souza 53 na Vila do Abraão e está aberto diariamente (menos quarta-feira) entre 09:00-12:00 e 16:00 e 22:00.