2007-2008    - Ano Polar Internacional

 


   Na publicação “O Brasil e o Meio Ambiente Antártico”, encontramos o projeto – “Identificação de alterações ambientais na Península, empregando-se o estudo da linha de equilíbrio e a análise de composição elementar em amostras de ar e gelo por PDMS-Gerag”, cujo coordenador é o Prof. Heitor Evangelista da Silva do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais e entre outros colaboradores, da UERJ conta com Antonio Carlos de Freitas, Kenny Tanisaky-Fonseca e Sergio Machado Correa. Os cientistas investigam, por meio de registro no gelo da Antártica, como a circulação atmosférica transporta partículas para todo o Planeta.

   O depósito glacial da Antártica, que teve origem há mais de 25 milhões de anos,constitui um reservatório de alto grau de preservação dos depósitos atmosféricos, onde partículas e compostos gasosos precipitam-se e são absorvidos em sua superfície, ao longo dos séculos.Dessa forma,o gelo da calota polar antártica é considerado como uma das melhores matrizes para estudos paleoclimáticos e paleoambientais de todo o globo terrestre.


   Um grupo estuda baixa atmosfera antártica e o registro glacial dos testemunhos de gelo, identificando o impacto global da atividade humana nos continentes, tais como a poluição industrial e urbana,os processos de queimada e os vestígios dos testes atômicos realizados a céu aberto nos Hemisférios Sul e Norte. Soma-se a isso o estudo da variabilidade do gelo marinho em torno da Antártica (diretamente associada à freqüência de frentes frias que atingem o Brasil) e a atividade biológica do Atlântico Sul, responsável pela emissão de gases diretamente relacionados ao balanço geoquímico da região.

   Micropartículas encontradas no gelo da Antártica estão sendo analisadas atualmente por várias técnicas que permitem a análise de sua composição elementar, sua mineralogia e sua caracterização molecular.Dessa forma,os pesquisadores estão reconstruindo a história ambiental da região e também avaliando as mudanças impostas pelas alterações ambientais ocorridas na América do Sul durante o século XX.

   Devido à alta interatividade de troca de massas de ar entre a América do Sul e a Antártica, parte significativa da variabilidade ambiental do Continente Sul-Americano está registrada no manto de gelo polar, o que nos oferece uma visão mais clara das tendências e dos impactos ambientais em larga escala global.

   Alguns dos avanços desenvolvidos no contexto do projeto foram o maior detalhamento dos impactos das plumas de queimadas emitidas no Brasil, que podem alcançar áreas remotas da América do Sul e até o continente antártico; a detecção das emissões de PB na atmosfera global,principalmente durante as décadas de 60, 70 e 80; a coleta e a identificação fenotípica de microrganismos aprisionados no gelo antártico, que têm potencialmente como subprodutos aplicações bio-tecnológicas ou servem como biotraçadores de processos atmosféricos; uma alta associação entre a clorofila-a no oceano e o aporte atmosférico de aerossóis enriquecidos com Fe, a partir dos desertos da Patagônia, sobre o Atlântico Sul; o estabelecimento de nova geocronologia recente para a região, a partir da identificação dos testes nucleares realizados no Pacífico sul.


Equipe: Dr. HeitorEvangelista da Silva - UERJ         
Dr. Enio Bueno Pereira - INPE
Drª. Kenya Moore de Almeida Dias da Cunha -PUC-RJ
Dr. Antônio Carlos de Freitas - UERJ
Dr. Kenny Tanisaky Fonseca - UERJ
MSc. Marcelo Sampaio - INPE


Colaboradores: Ricardo H. M. Godói - UnicenP
Dorothy Koch – Center for Climate System Research, Columbia
University and NASA – GISS
Rene Van Grieken – Department of Chemistry, Micro and Trace
Analysis Centre,University of Antwerp
William Zamboni – Universidade Federal Fluminense (UFF)
Sérgio Machado Correa – UERJ
Nivaor Rigozo – FAETEC
Álvaro L. Bertho – FIOCRUZ
Carlos V. Barros Leite – PUC - RJ
 


Retirado do livro “O Brasil e o meio ambiente Antártico”, pág 33



   Em “A Conquista do Espaço do Sputnik à Missão Centenário”, Agência Espacial Brasileitra e Editora Livraria da Física, tendo como organizadores Othon Cabo Winter e Antonio Fernando Bertachini de Almeida Prado, encontramos no capítulo 10 de Marcos César Pontes o Experimento: Danos e reparos do DNA na microgravidade.
O experimento, levado ao espaço, foi desenhado pela equipe constituída pelos colegas Heitor Evangelista da Silva, Adriano Caldeira Araújo, Nasser Ribeiro Asad, Lígia Maria Buarque de Oliveira Asad e Marcelo Sampaio. O projeto, objetiva contribuir para o esclarecimento da resposta biológica ao nível do DNA, em microgravidade.


Danos e reparos do DNA na microgravidade    

Área do conhecimento: Biotecnologia
Instituição: Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Estado: Rio de Janeiro

Equipe: Heitor Evangelista da Silva
             Adriano Caldeira Araújo
             Nasser Ribeiro Asad
             Lídia Maria Buarque de Oliveira Asad
             Marcelo Sampaio

   Propósito do Projeto: O projeto objetiva contribuir para o esclarecimento da resposta biológica ao nível do DNA em condição de micro gravidade.Serão observadas bactérias cujos genomas estão bem caracterizados e suas respostas aos diversos agentes externos são razoavelmente conhecidas.Estas estruturas simples serão submetidas a radiação cósmica e ao UV-A (de forma induzida) sob condições controladas e suas respostas biológicas serão comparadas sob as condições terrestre e espacial.Serão desenvolvidas avaliações quanto a sobrevivência celular, a mutagênese e a identificação das proteínas envolvidas nos mecanismos de reparo celular(PROTEOMA)

 

Retirado do livro “A conquista do espaço.do Sputnik à missão Centenário”,pág 309