Com imenso pesar informamos o falecimento do Professor Mauro Velho de Castro Faria ocorrido na manhã de hoje, 11 de maio. O Professor Mauro Velho, como era conhecido, foi o primeiro Vice-diretor do Instituto de Biologia na gestão do Prof. Roberto Alcantara Gomes, na nova configuração de nossa Unidade Acadêmica, reunindo as áreas Biológica e Biomédica, e posteriormente seu Diretor, sempre atuando de forma significativa na projeção e crescimento da Unidade. Aposentou-se como Professor Titular do Departamento de Biologia Celular (DBCel/IBRAG).
 
Na ocasião da comemoração dos 50 anos de criação do Instituto de Biologia, o Professor Mauro Velho de Castro Faria foi homenageado pela sua atuação como Diretor da Unidade, tendo sua trajetória relatada pelo Prof.  Jayme Bastos, do Departamento de Bioquímica (DBq/IBRAG).  Seu filho, o Dr. Hugo Caire de Castro Faria Neto, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), recebeu a placa de homenagem no evento, onde também estiveram presentes o filho mais novo do Prof. Mauro, Bruno Burth Faria, e sua atual esposa, Patrícia Burth (http://www.ibrag.uerj.br/index.php/2-uncategorised/494-50-anos-de-criacao-do-instituto-de-biologia-fotos-do-evento.html).
 
Nossa gratidão ao Professor Mauro Velho, que é parte importante da História de nosso Instituto, relatada por ele próprio (http://www.ibrag.uerj.br/index.php/o-ibrag/26-o-instituto/14-instituto-de-biologia-da-uerj-breve-historia-de-seu-nascimento-ou-o-projeto-roberto-alcantara-gomes.html) e também os nossos sinceros sentimentos aos familiares, amigos e colegas que conviveram e aprenderam com o Professor Mauro Velho.
 
Abaixo, alguns depoimentos que registram a  trajetória e a grande contribuição do inesquecível Professor Mauro Velho à nossa Universidade.
 
Direção do IBRAG
 

"Muita tristeza pela perda do meu colega de Departamento e orientador de Mestrado, que sempre nos inspirou a tentar obter os melhores resultados, mesmo quando as condições do momento não eram as desejáveis ou as que mereceríamos ter... Inegável foi a sua grande contribuição à consolidação do IBRAG e da UERJ no cenário da pesquisa biomédica do País. Deixo aqui a expressão de meu eterno reconhecimento e gratidão ao amigo Mauro Velho.“
Verônica Morandi
Profa. Associada Departamento de Biologia Celular (DBCel/IBRAG)
 

"Mauro, tenho muitas saudades da nossa convivência no laboratório e da formação científica que tive de você durante o meu Mestrado. Você é grande e tem a força!!!”
Vivaldo Moura Neto
Professor Emérito do ICB/UFRJ & Diretor de Pesquisa do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer do RJ
 

“Trabalhei com o Prof. Mauro Velho durante 15 anos. Ele  foi o meu orientador do Mestrado e durante esse tempo, pude aprender muito com a sua experiência profissional e,  no convívio pessoal, demonstrou sempre simplicidade e receptividade. Obrigada, Professor Mauro, por ter feito parte da minha jornada!” 
Claudia Moura
Bióloga, Depto. de Genética (DGen/IBRAG).
 

“Eu fui contratado, em 1982, pelo Mauro, quando ele era Diretor do Instituto. Um excelente didata, profundo conhecedor de Biologia Celular, Bioquímica e Biologia, em geral. Era conhecido também por seu hobby em consertar equipamentos da Alemanha Oriental, como as pesadas ultracentrífugas e espectrofotômetros. Muitos dos que estão agora na faixa de aposentadoria foram contratados pelo Mauro. Homem de poucas palavras, mas de um coração enorme. Deixa saudades e gratidão pelo muito que realizou pelo Instituto e pela UERJ. Meus sentimentos à família e a todos que conviveram com ele e usufruíram de sua sabedoria e amizade.”
Egberto Moura
Professor do Depto. de Ciências Fisiológicas (DCF/IBRAG).

 


“Muito triste essa notícia. Mauro é um dos nossos alicerces. Deixa saudades. Abraços carinhosos ao Ibrag e família.”
Israel Felzenszwalb
Professor do Depto. de Biofísica e Biometria (DBB/IBRAG)

 


“Meus sentimentos! Um grande amigo de todos! Conheci logo quando cheguei a UERJ e fui fazer um curso de eletroforese com ele. Cheguei no laboratório e tinha um sujeito forte, com ferramentas na mão, consertando um equipamento. Eu perguntei se a aula com o professor Mauro Velho seria ali, ele respondeu: Sim, sou eu mesmo. Gostei disso. Saudade.”
Carlos Roberto Machado Gayer
Biólogo, Depto. de Bioquímica (DBq/IBRAG).”

 


“Aos Familiares e Amigos de Mauro Velho,
Compartilho meus sentimentos de tristeza pelo falecimento de nosso muito querido professor Mauro Velho de Castro Faria. Amigo e incansável pesquisador, um dos fundadores do Instituto de Biologia, atualmente, Instituto de Biologia Alcantara Gomes. Na maior parte de sua vida, Mauro esteve comprometido com o fortalecimento da pesquisa e do ensino realizado pelo Departamento de Biologia Celular. Sentimos muito sua falta.
Seus ensinamentos e exemplo formou “discípulos” que continuam no IBRAG, FCM ou em outras universidades, instituições de pesquisa ou entidades privadas ou governamentais.  
Que seus familiares saibam que gostaríamos de expressar presencialmente nossa carinhosa homenagem ao Mauro. Ele certamente  será sempre por sua habilidade em resolver de forma criativa os problemas em nossos equipamentos. Que nossas mensagens sirvam de conforto nesta hora de sofrida despedida.
Profundos sentimentos de tristeza.” 
Elvira Carvajal
Professora do Depto. de Biologia Celular (DBCel/IBRAG)
 

“Com certeza uma perda muito importante para todos da UERJ pela dedicação à Instituição.. perde-se também um parceiro científico...que sempre apoiou e liderou pesquisas de reconhecimento mundial...ficam as ótimas lembranças...e também... saudades desse querido professor que também soube ser amigo...”
Mário Bernardo Filho
Professor do Depto. de Biofísica e Biometria (DBB/IBRAG).
 

“O que dizer da perda de um amigo por cinquenta anos presente na sua vida? Conheci Mauro como professor da Bioquímica, o IBRAG não existia e a UERJ era UEG. Segui na Bioquímica e o convívio se estreitou e tive o privilégio de conhecer uma mente brilhante, um pesquisador inventivo que conseguia pôr ideias para funcionar com o pouco subsídio daquela época. Tempo romântico na ciência... Com ele aprendi a importância de formar bem os alunos e para além da admiração nossa amizade só aumentou. Estivemos juntos em todos os momentos, de alegria, de tristeza, como fazem os amigos ... Muitos podem falar sobre o profissional, mas eu, que até me apresentava como a Fafá do Mauro, só posso sentir a perda desse pedaço, do meu irmão, do meu amigo querido. Descanse em paz.”
Maria de Fátima Malizia Alves
Professora aposentada do Departamento de Biologia Celular (DBCel/IBRAG)
 

“Que notícia triste sobre o Prof. Mauro. Sempre lembro dele tentando consertar os equipamentos que ficavam no corredor do Haroldinho (Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha, Campus Maracanã), tentando transformar duas centrífugas que não funcionavam em uma que funcionasse... Era a coragem de não se entregar às dificuldades.” 
Mercedes Bustamante
Ex-aluna do IBRAG, atualmente professora da Universidade de Brasília - UnB
 

“Ao  Professor  Dr. Mauro Velho,
Todos que conviveram com o Prof. Mauro Velho, conheceram sua perseverança, sua capacidade científica e pedagógica, seu futurismo, sua humildade, sua fraternidade...
Responsável por várias carreiras ou vidas, dentro e fora da UERJ, sabia ter a dignidade de um tutor, valorizando sempre o trabalho em detrimento do oportunismo político.
Foi uma honra estar ao seu lado nesta vida.
Como não há desperdício na natureza, os talentos de seu espírito, estarão ativos e em desenvolvimento noutras dimensões. 
Muito obrigado por tudo que nos ofereceu até aqui.
Até breve!”
Leonardo Alves Carneiro
Professor aposentado do Departamento de Biologia Celular (DBCel/IBRAG)
 

“Fui aluna dele na disciplina Biologia Celular, em 1975. Tenho boas lembranças. Simpático e bonachão. Diferente do Hugo Velho da Bioquímica, de quem também fui aluna. Gostava de mecânica, consertava muitos equipamentos.  Ele vivia mexendo naquelas "trapizongas" enormes, estava sempre sujo de graxa e sorridente. Acho que gostava mais da mecânica que das células... Dava aulas primorosas. Gostava do que fazia. Mestre mesmo! Um dos meus professores inesquecíveis.”
Sonia Barbosa
Professora do Depto. de Zoologia (DZ/IBRAG)
 

“Mauro Velho foi excelente Professor, orientador e amigo. Ainda trago na memória aulas do grande didata que, apaixonadamente, no início dos anos 1970, nos ensinava Biologia Celular. Singular a aula sobre a descoberta da Trancriptase Reversa e seu significado para a incipiente, à época, Biologia Molecular. Com seu entusiasmo, Mauro Velho formou e influenciou centenas de Cientistas. Eternamente grato pelos seus ensinamentos, também de vida, amizade e companheirismo. Aos familiares e amigos, meus sentimentos.”
Elizeu Fagundes de Carvalho
Coordenador do Laboratório de Diagnósticos por DNA – LDD
Professor do Depto. de Ecologia (Decol/IBRAG)
 

“O professor Mauro Velho foi meu querido orientador de mestrado. Se não fosse sua compreensão e apoio, não teria conseguido entrar na UERJ. Vinda de uma faculdade particular do interior do estado, ninguém queria aceitar uma aluna como eu. Mas o Mauro é uma pessoa incrível. Foi mais que orientador... Assumiu bancada para mim, enquanto me recuperava do parto da Júlia Machado, a quem sempre tratou com muito carinho. 
Hoje me dói a perda desse amigo lembrando de outro querido, Moacélio, que foi quem me abriu essa porta e me permitiu conhecer o Mauro, a Fafá, a Claudia Moura, a Patrícia, o Marcelo, o Ulisses e tanta gente maravilhosa. Perde a Pesquisa, perde a UERJ, perdemos nós... Um grande pesquisador, uma pessoa incrível. Eu aprendi com um Gigante. 
Meus mais profundos sentimentos à sua família e à legião de amigos e admiradores. Que seja recebido na espiritualidade com a tranquilidade de quem cumpriu (e muito bem) a sua missão.”
Claudia Cristina Machado de Figueiredo de Oliveira
Ex-aluna do IBRAG, professora da Universidade Veiga de Almeida, Campus Cabo Frio
 

“Que triste. Lembro dele muito bem nas aulas de Biologia celular. Um ótimo professor. Um dos professores que me marcaram quando passei pelo ciclo básico. Que a família receba nosso abraço.”
Gulnar Azevedo e Silva
Professora do do Instituto de Medicina Social - IMS/UERJ

 


“Fui aluno de Iniciação Científica dele e da Prof. Maria de Fátima no projeto de desenvolvimento do Kit para medir poluição ambiental por agrotóxico usando a Bomba sódio/potássio ATPase. Em 1986 estávamos longe desse clamor ambiental, mas a cabeça do cientista pensa adiante e Mauro era muito criativo.
Ele foi o primeiro professor do Departamento de Biologia Celular, na década de 70, uma área em expansão na época. Durante décadas, mesmo já aposentado, foi o presidente da banca de provas do vestibular UERJ.
Mas, muito mais que isso, uma pessoa fantástica, muito bem humorada. Pescador, velejador, nos finais de ano ele fazia um almoço de confraternização no departamento. Ele fazia a lula recheada...
Era comum contarmos com a sua expertise para consertar centrífugas e espectrofotômetros! Certa vez uma pessoa chegou ao Departamento procurando o Titular. Encontrou-o deitado no chão consertando a centrífuga.”
Mauro Santos Villas Boas
Professor do Departamento de Biologia Celular (DBCel/IBRAG)
 

“Entrei na Universidade em 1977, no ano 78 pedi transferência para a Biologia Celular onde fiquei até  2014, quando da minha aposentadoria. Tive o privilégio de poder trabalhar com o Prof. Mauro que foi meu chefe direto e nos tornamos AMIGOS. PERDA IRREPARÁVEL.”
Marcos Aurelio
Secretário aposentado do Departamento de Biologia Celular (DBCel/IBRAG)
 

“Meu querido Mauro Velho foi mais que um mestre. Foi meu orientador no Mestrado e Doutorado, mas acima de tudo, me orientou para a vida. Ensinou os primeiros passos de um profissional, me guiou no caminho da busca de soluções inventivas e inovadoras para qualquer problema. Sua timidez se desfazia quando compartilhávamos o mesmo ambiente de trabalho e aí podíamos ver o ser humano incrível por trás do grande profissional. Foi para mim um verdadeiro pai. Lembro-me de seu hobby preferido que era velejar. Na realidade, para ele não era hobby e sim uma filosofia de vida. Para mim ficará para sempre inesquecível sua música predileta: ‘I am sailing’ de Rod Stewart. ‘I am sailing, I am sailing. Home again, cross the sea. I am sailing, stormy waters. To be near you. To be free’. Vá meu mestre, meu amigo. Navegue através desse mar, de volta para casa, para ser livre. Que seja também eterno em nossa memória e nossos corações.”
Jaime Silva de Lima
Ex-aluno do IBRAG, professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO