O IBRAG realizará entre 11/9 e 4/12/14, às 12 horas, o Ciclo de palestras sobre Filosofia da Ciência no IBRAG/UERJ, no auditório do Jayme Landmann, do Programa de Pós-graduação em Biociências, pelo “Ciência ao Meio Dia” (PPGB-UERJ). Abaixo, a relação de palestrantes e o conteúdo das palestras.

 

1ª Palestra: HISTÓRIA DA CIÊNCIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA I

Palestrante: Antonio Augusto

 

2ª Palestra: HISTÓRIA DA CIÊNCIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA II

Palestrante: Antonio Augusto

 

3ª Palestra: HISTÓRIA DA CIÊNCIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA III

Palestrante: Antonio Augusto

 

4ª Palestra: HISTÓRIA DA CIÊNCIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA IV

Palestrante: Antonio Augusto

 

5ª Palestra:Marcos na Demarcação da Ciência: Uma Abordagem Histórica

Palestrante: André Mendonça

 

6ª Palestra: CIÊNCIA, CETICISMO E INCERTEZA

Palestrante: Mariano David

 

7ª Palestra: CIÊNCIA E TÉCNICA

Palestrante: Fernando Fragozo

 

8ª Palestra: BIOLOGIA E FILOSOFIA

Palestrante: Tom Lemos

 

9ª Palestra: A CIÊNCIA COMO ATIVIDADE SOCIAL

Palestrante: Verusca Reis

 

Datas do “Ciência ao Meio Dia”– PPGB/UERJ

DATA

PALESTRANTE

TÍTULO

E-MAIL

11/09

Antonio Augusto

 

História da Ciência e Filosofia da Ciência  I

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18/09

Antonio Augusto

 

História da Ciência e Filosofia da Ciência II

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25/09

Antonio Augusto

 

História da Ciência e Filosofia da Ciência III

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02/10

Antonio Augusto

 

História da Ciência e Filosofia da Ciência IV

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09/10

André Mendonça

Marcos na Demarcação da Ciência: Uma Abordagem Histórica

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30/10

Mariano David

Ciência, Ceticismo e Incerteza

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13/11

Fernando Fragozo

Ciência e Técnica

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27/11

Tom Lemos

Biologia e Filosofia

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04/12

Verusca Reis

A ciência como atividade social

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Antonio Augusto Passos Videira

 

Estudos de Física no Instituto de Física da UFRJ (1982 e 1983), Bacharel em Filosofia pelo IFCS/UFRJ (1986), D. E. A. pela Universidade Paris VII (1990), Doutor em Epistemologia e História das Ciências pela Universidade de Paris VII (1992). Ingressou na UERJ como professor visitante em maio de 1992, permanecendo nessa função até dezembro do ano seguinte. Regressou em agosto de 1995 como professor concursado. Desde então, é professor Associado do Departamento de Filosofia da UERJ, Pesquisador de Produtividade do CNPq e Colaborador do CBPF/MCTI. Realizou estágios pós-doutorais e de pesquisa nas seguintes universidades: UFBA, UFSM, UNICAMP, Observatório Nacional/MCTI, Humboldt Universitätzu Berlin, Université Nancy 2, Universidade de Lisboa, Universidade de Évora e no Max Planck InstitutfürElementarteilchenphysik (Munique).

 

História da Ciência e Filosofia da Ciência

 

Nesta palestra será apresentada uma descrição das origens da filosofia da ciência a partir de uma perspectiva histórica, que se iniciará no início do século XIX e terminará em nossos dias. O fio condutor deste arco temporal será a preocupação dos cientistas com a autonomia da ciência face à sociedade, à política, à filosofia e à arte. Em outros termos, a defesa de que a filosofia da ciência preocupa-se, desde o seu início, em responder à questão ‘o que é a ciência?’ de um modo tal que as respostas a ela podem se prestar à justificação de uma prática científica determinada pelos próprios cientistas. Como ‘corolário’,argumentos serão apresentados em favor de uma posição heterodoxa, a saber: a filosofia da ciência, tal como a história da ciência, é parte integrante da ciência, sendo as duas necessárias para que esta última possa ser considerada como consistente e coerente.

 

André Mendonça

Doutor em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2008). Pós-doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2012-2013). Professor-Adjunto do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

 

 

Marcos na Demarcação da Ciência: Uma Abordagem Histórica

 

Um dos temas mais importantes da filosofia da ciência é o da demarcação entre a ciência e as demais esferas da cultura. Tradicionalmente, a vertente filosófica hegemônica atribuiu a especificidade da ciência, ou até mesmo a sua superioridade epistêmica, ao emprego de um método especial. Malgrado o sucesso dessa visão ainda vigente, as concepções que não identificavam cientificidade com metodologia foram ganhando cada vez mais força, sobretudo a partir da publicação da obra A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas Kuhn. Nessa palestra, pretende-se traçar um panorama acerca do desenvolvimento histórico do problema da demarcação, indo dos primórdios da filosofia da ciência (e.g.: Positivismo Lógico e Karl Popper) até o tempo presente, em que, por exemplo, o sociólogo da ciência Harry Collins defende a necessidade de se propor novos critérios de demarcação da ciência, tendo em vista a superação tanto do “fascismo científico” (apenas especialistas devem dar a última palavra em controvérsias científicas) quanto do “populismo científico” (em controvérsias de interesse público, leigos devem ser a palavra final). 

 

Mariano David

Graduação em Engenharia Química (1982), Licenciatura em Química (1987) e Bacharelado em Filosofia (2000) pela UERJ; mestrado em Literatura Brasileira (2003) pela UERJ; trabalha como Químico no Laboratório de Ciências Radiológicas (LCR/DBB/IBRAG/UERJ) onde desenvolve pesquisas nas áreas da Física Médica, da Metrologia das radiações ionizantes e da Filosofia da Ciência.

 

Ciência, Ceticismo e Incerteza

 

O objetivo desta palestra é apresentar as bases do ceticismo filosófico e discutir sua relação com os caminhos trilhados pela ciência, principalmente o da matematização da natureza. A partir daí, a questão que se coloca é: como a ciência contemporânea se relaciona com os argumentos céticos? Ou: o que há de cético na ciência? Para enfrentar estas questões, serão discutidos os problemas da certeza/incerteza da ciência e da adoção do conceito de incerteza de medição pela Metrologia.

 

Fernando Fragozo

 

Professor Associado da Escola de Comunicação da UFRJ onde leciona desde 1997, do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ (2011) e Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UERJ (2009). Bacharel em Ciências Econômicas pela UFRJ (1986), Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ (1997), Doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ (2003), realizou Pós-Doutorado em Filosofia na ÉcoleNormaleSupérieure de Paris. Membro do Grupo de Estudos Sociais e Conceituais em Ciência, Tecnologia e Sociedade.

 

Ciência e Técnica

 

A apresentação visará refletir sobre a distinção entre ciência e técnica a partir do questionamento da visão corrente da técnica, segundo a qual esta seria apenas um “meio” para obtenção de resultados teóricos e/ou práticos. O ponto focal da discussão é a reflexão sobre o conceito de “conhecimento”, sua relação com a técnica e a peculiaridade do conhecimento dito “científico”: as questões da “objetividade”, do uso de equipamentos e procedimentos, da delimitação de campos específicos e a questão da “teoria”. Por fim, tratar-se-á de repensar o “humano” a partir da consideração de sua estrutural inserção em um mundo herdado de práticas, sentidos e instrumentos técnicos em geral.

 

Thompson Lemos da Silva Neto

 

Bacharel em Ciências Econômicas pela UFF (1988) e Mestre em Filosofia, pela UERJ (2007). Doutorando em Filosofia da Ciência e Teoria do Conhecimento na UERJ (início em 2012). Membro do Grupo de Estudos Sociais e Conceituais em Ciência, Tecnologia e Sociedade. 

 

Biologia e Filosofia

 

Na palestra serão apresentados temas que relacionam historicamente filosofia e ciências biológicas, com maior enfoque em questões atuais, e com ênfase nos aspectos ontológicos envolvidos. No âmbito da discussão sobre o reducionismo, tratarei, inicialmente, da oposição entre vitalismo e fisicalismo e, no desdobramento deste tópico, abordarei os temas da auto-organização, da emergência e da complexidade, a partir dos quais serão consideradas as questões da causalidade e do determinismo biológicos. Em seguida, discutirei as noções correlatas de evolução, adaptação e autonomia do ser vivo, para tal aludindo a conceitos como informação, código e expressão genética, autopoiese e homeostasia. Já com o intuito de investigar a peculiaridade da vida humana, passarei a examinar a questão da cognição, a qual dará ensejo a que sejam discutidos: a função da consciência na vida humana, o dualismo mente/corpo, o modelo computacional da cognição e a vertente contemporânea da cognição corpórea. Por fim, considerando também uma suposta oposição entre ciências humanas e ciências naturais, defenderei que a própria filosofia tem sido alcançada pelas questões trazidas pelas ciências da vida, e que a filosofia é necessária para que as ciências da vida sejam compreendidas pela sociedade, incluindo nesta os próprios cientistas.

 

Verusca Reis

 

Professora Associada da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) no Laboratório de Cognição e Linguagem (LCL). Possui doutorado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010); Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005); Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). Pós Doutorado (PDJ/CNPq) em Filosofia na UERJ.

 

A Ciência como Atividade Social

 

A palestra abordará o surgimento de um novo modo de produção na ciência contemporânea na segunda metade do século XX. Este se constituiu nos anos de 1980 a partir de uma nova interação entre universidade, indústria e governos. Dentre as maiores consequências por este trazidas encontramos a coletivização da ciência e o surgimento de um ethos gerencial nas universidades (Garcia & Martins; Reis). Pesquisadores dos estudos sociais da ciência têm utilizado diversas denominações conceituais para este fenômeno, tais como: “ciência pós-acadêmica” (Ziman); “ciência finalizada” (Schäfer); “ciência pós-normal” (Funtowicz&Ravetz); “modo 2” (Gibbonset al.); “capitalismo acadêmico” (Slaughter& Leslie); “sistemas de inovação” (Smits&Kuhlmann) e “tripla hélice” (Etzkowitz&Leydesdorff); “comoditização da pesquisa acadêmica” (Radder). Como exemplo de algumas ideias expostas na palestra, será discutido o surgimento de um novo modo de produção na ciência contemporânea, sobretudo as teses do físico e filósofo da ciência John Ziman (Reis&Videira; Reis).


REALIZAÇÃO