Pesquisa de Eliete Dalla do Instituto de Biologia da UERJ foi inspirada no período de fome que afetou a Holanda durante a Segunda Guerra Mundial. Neste estudo, verificou-se que a exposição de camundongos grávidas a uma dieta de baixa proteína (LP) prejudica o desenvolvimento do pâncreas endócrino em sua prole. Há evidências de que esse fenômeno pode persistir em gerações subsequentes.
 
   Aqui, avaliamos o efeito de LP no metabolismo da glicose e morfometria do pâncreas na prole F3 de camundongos ao nascimento e ao desmame. No dia do nascimento e ao desmame, os filhotes foram normoglicêmicos, mas foram hipoinsulinêmicos ao desmame. Filhotes F1-LP foram menores em tamanho ao nascimento, mas recuperaram o crescimento; filhotes F2-LP tiveram maior massa corporal ao nascer, mas não houve diferença na geração F3.
 
   O tamanho e a densidade de volume das ilhotas pancreáticas foram menores em todos os grupos ao nascimento e ao desmame e F1-LP teve o menor número de ilhotas ao nascimento. A massa de células beta foi menor em F1-LP do que nas demais gerações.