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- Categoria: Notícias
- Última atualização: 05 Novembro 2015
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Vilma Homero

"Já realizamos transplantes autólogos de células-tronco no Hospital Pedro Ernesto desde 2004. Mas até agora a coleta e o armazenamento dessas células era feita pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), com quem temos convênio. Com a aquisição do equipamento, vamos poder liberar as máquinas do Inca, tornar nosso serviço mais independente e ainda desenvolver no hospital projetos de terapia celular que dependam igualmente da coleta dessas células", fala a coordenadora da Unidade de Transplante de Medula Óssea, Cristiana Solza.
O transplante de medula tem várias indicações: para os casos de mielomas múltiplos, linfomas de Hodgkin e não Hodgkin e tumores germinativos, o tratamento é por meio de transplante autólogo, isto é, feito com as células-tronco do próprio paciente. Nos casos de leucemias agudas, mielóides e linfoblásticas, nas síndromes mielodisplásicas, nas talassemias, nas anemias aplásticas ou falciformes, entre diversos outros, indica-se o transplante alogênico, ou seja, aquele que é feito com células hematopoiéticas de um irmão ou de um doador não aparentado, encontrado nos bancos de medula óssea e sangue de cordão umbilical. No Brasil, apenas 50% dos pacientes que necessitam dessa modalidade de tratamento chegam a ser transplantados devido à falta de leitos, de equipes capacitadas e dos equipamentos necessários.

"Com isso, o novo equipamento permitirá ampliarmos o número de atendimentos", diz a enfermeira Vera Diniz, responsável pela operação da máquina. Hoje, o Hupe, com dois leitos, faz dois transplantes autólogos por mês. No caso da coleta de células-tronco, o procedimento é realizado uma vez por semana. "Isso acontece porque precisamos controlar uma logística que inclui vários setores e laboratórios, e até pouco tempo atrás, também abrangia os laboratórios do hospital com os quais temos convênio. Agora, em vez de sobrecarregar o Inca, por exemplo, poderemos nos oferecer para realizar coleta em pacientes deles", diz Cristiana.
Fonte: FAPERJ