Em matéria publicada pela FAPERJ, o LDD é reconhecido como referência na aplicação do DNA em Genética Forense (http://www.faperj.br/?id=3913.2.2).
 
 
A estrutura do Laboratório de Diagnósticos por DNA da UERJ é adequada às exigências peculiares da genética forense, a saber: segredo de justiça, preservação das identidades dos participantes das perícias, utilização de técnicas modernas de análise de DNA e coordenação por profissional que preenche os requisitos necessários à orientação de mestres, doutores, técnicos especializados e à emissão de laudos técnicos.
No final da década de 1990, projetos induzidos da Faperj na área da Segurança Pública, assim como gestões junto ao Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro, fizeram com que passos importantes fossem dados para atender adequadamente à grande demanda por investigações de vínculos genéticos e criminais através da análise de DNA, possibilitando às camadas menos privilegiadas da população do Rio de Janeiro acesso às perícias genéticas.
 Desde sua criação em 1996, mais de 500.000 indivíduos tiveram seus perfis genéticos produzidos através da análise de  regiões polimórficas do DNA. No período, foi emitido quantitativo superior a 130.000 laudos periciais pelo Laboratório de Diagnósticos por DNA, Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da Uerj. Adicionalmente, em atendimento às demandas da Polícia Federal, do Tribunal de Justiça, Ministério Público e da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro foram ainda realizados, com início em fevereiro de 1999, mais de 3000 perícias criminais, bem como de identificação de indivíduos através de vestígios ou de restos mortais.
Na área do DNA forense, graças ao trabalho empreendido pelo Laboratório de Diagnósticos por DNA da UERJ, o Estado do Rio de Janeiro é uma das principais referências do país no que tange à formação de recursos humanos altamente especializados na utilização da tecnologia de identificação humana por DNA, bem como no treinamento e atualização de profissionais do Brasil e de outros países da America do Sul. Desde a sua criação, 37 graduandos desenvolveram monografias, 38 mestrados e 19 doutorados foram realizados no Laboratório de Diagnósticos por DNA.
 
 
 
 
Atividades de Extensão, Treinamento e Atualização de Profissionais
 
Investigações de vínculos genéticos são realizadas a partir da amplificação por PCR de sequências alvo microssatélites do DNA, do tipo STR (do inglês, Short Tandem Repeat), e eletroforese capilar dos produtos de amplificação para definição do perfil genético de cada um dos indivíduos envolvidos em uma perícia genética. Contando com recursos humanos altamente qualificados e equipamentos de última geração, no Laboratório de Diagnósticos por DNA perícias genéticas podem ser realizadas em tempos tão curtos quanto 12 - 24 horas. 
 
No módulo de tipagem de regiões polimórficas do DNA para fins de investigação de relação familiar, o Laboratório de Diagnósticos por DNA conta com quadro de pessoal altamente qualificado, constituído primordialmente por Biólogos, Mestres e Doutores, com larga experiência em genotipagem humana por DNA.
Em relação à interface com a Segurança Pública, é sabido que a realização de análises por DNA a partir de tecidos desidratados, ossos, saliva, esperma, pele, bulbo capilar, restos mortais, “swabs” anais, orais e vaginais, por exemplo, requerem profissionais também expertos em técnicas de extração de DNA desses espécimes biológicos, nos quais as moléculas de DNA, na maioria dos casos, encontram-se altamente degradadas ou em quantidades diminutas.
Para alcançar grau máximo de qualificação na área da genética forense, a partir de 1998, diversos profissionais desenvolveram, no Laboratório de Diagnósticos por DNA, projetos de Iniciação Científica, Especialização, Mestrado e Doutorado. Estágios tecnico-científicos foram, e continuam sendo, realizados em instituições como a Universidade do Porto, Portugal, o Laboratório de Sorologia e DNA da Polícia de West Palm Beach na Florida, EUA, Laboratório de Identificação Genética do Departamento de Medicina Legal da Universidade de Granada, Espanha, Universidade de Berlim, Universidade de Copenhagem, Dinamarca, Universidade de Innsbruck,  Áustria, por exemplo.
 
Na formação de seu quadro técnico especializado, foram realizados treinamentos no exterior em equipamentos de última geração, muitos dos quais hoje fazem parte do acervo do Laboratório de Diagnósticos por DNA da UERJ, como  sequenciadores automáticos ABI 3500 e ABI 3100 da Perkin-Elmer, e em técnicas e metodologias de análise de regiões STR, SNP e do DNA mitocondrial, a partir de amostras biológicas coletas in vivo, de restos mortais ou de vestígios,  evidências biológicas recolhidas em cenas de crime ou em exames de corpo de delito.
 
Membro da Sociedade Internacional de Genética Forense, o Laboratório de Diagnósticos por DNA da UERJ realiza anualmente exercícios de controle de qualidade, sob a coordenação do Ministério da Justiça da Espanha.
O compromisso com a qualidade e o gerenciamento profissional desde sua criação fizeram do Laboratório de Diagnósticos por DNA da UERJ um laboratório de referência internacional na área de identificação humana por DNA. Nos últimos cinco anos foram realizados intercâmbios com doutores em genética forense de Portugal, Espanha, Alemanha, Áustria, Dinamarca, Colômbia e Argentina. Adicionalmente, o Laboratório de Diagnósticos por DNA  vem recebendo profissionais de diversas regiões do Brasil, da América do Sul e da Europa em busca de formação pós-graduada, estágio supervisionado, treinamento e atualização tecnológica na área do DNA forense.
 
Nos últimos anos, o Laboratório de Diagnósticos por DNA  vem se destacando em estudos relativos acerca da ancestralidade da população brasileira, desenvolvendo projetos com base no conhecimento que nas moléculas de  DNA estão armazenadas  informações  transmitidas de geração em geração, desde os nossos antepassados mais distantes, que herdamos diretamente dos nossos genitores, mãe e pai. Mutações, alterações que ocorrem em diferentes tempos no DNA de indivíduos de distintos continentes, são, portanto, herdadas ao longo das gerações e possibilitam não só conhecer as relações familiares de um indivíduo, como também rastrear a sua ancestralidade em termos genéticos e geográficos.
O estudo de ancestralidade se dá em um primeiro momento pela aquisição de conhecimento acerca das mutações no DNA de um indivíduo. A comparação entre o conjunto de mutações verificadas no DNA de um dado  indivíduo com mutações de mesma natureza depositadas em  bancos de dados representativos de populações de diferentes regiões do Planeta possibilita rastrear a sua ancestralidade geográfica, realizando-se uma viagem ao passado guiada pelo DNA.
 
Com o DNA Ancestral é possível conhecer não apenas a origem genética, mas também a geográfica de qualquer indivíduo da população brasileira, por exemplo, e definir percentualmente no seu DNA as contribuições de povos europeus, africanos, asiáticos e nativo-americanos.
 
 
Ensino
O ensino, a formação de recursos humanos especializados e a produção científica na UERJ são compromissos do Laboratório de Diagnósticos por DNA. Abaixo são mostradas as disciplinas lecionadas a cada semestre.
 
Atuação na graduação do IBRAG, UERJ 
 
Biologia Molecular Forense
Estágio em Biologia Forense I
Estágio em Biologia Forense II
Tópicos Especiais em Biologia Forense
 
Atuação na Pós-Graduação em Biociências, IBRAG, UERJ 
 
Biologia Forense
Genética de Populações
 
Atuação no Mestrado Profissional em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense, IBRAG, UERJ
 
Biologia Forense
Estatística aplicada à genética forense
 
 
Grupo de Pesquisa
GENÉTICA DE POPULAÇÃO E FORENSE - UERJ
Área Predominante: Ciências Biológicas; Genética.
Instituição: UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Ano de Criação: 2009
Líder: Elizeu Fagundes de Carvalho
 
Pesquisadores participantes do grupo:
 
Cesar Rogério Leal do Amaral
Dayse Aparecida da Silva
Elizeu Fagundes de Carvalho
Leonor Gusmão
 
 
Principais Colaboradores Internacionais:
 
Antonio Amorim dos Santos – Universidade do Porto, Portugal;
 
Daniel Corach – Universidade de Buenos Aires, Argentina;
 
Carlos Vullo – Universidade Nacional de Córdoba, Argentina;
 
Lutz Rower  -  Universidade Charité, Berlim, Alemanha;
 
Walter Parson – Universidade de Innsbruck, Áustria;
 
Neils Morling – Universidade de Copenhagen, Dinamarca
 
 
 
Projetos de Pesquisa
- Validação de Sistema Multiplex de Marcadores do Tipo Indels para Identificação Humana: Análise de Amostra Populacional do Rio de Janeiro.
- Análise de Regiões Polimórficas do Cromossomo Y e DNAMT para o Estudo das Ancestralidade Patrilínea e Matrilíneas em uma Amostra da População de Afro-Descendentes do Estado do Rio de Janeiro: uma Dinâmica Populacional
- Estudo de Genética de Populações através de LOCI STR do Cromossomo X e Determinação de Taxas de Mutação Maternas e Paternas.
- Marcadores Inserção/Deleção (INDEL): Estudo Populacional e Identificação Humana.
- Desenvolvimento e Validação de Sistemas Multiplexes para Tipagem Humana por DNA Através de Regiões STR do Cromossomo Y.
- Constituição Genética da População Brasileira: Análise de Regiões Polimórficas do DNA Mitocondrial e do Cromossomo Y em uma Amostra Populacional de Alagoas.
- Desenvolvimento de um Sistema Multiplexes de Microssatélites para Análise Genética de Populações Humanas.
- Estudos sobre a Estruturação Gênica da População Brasileira Através de Marcadores Polimórficos do Cromossomo Y.
- Estudos da Ancestralidade da População Brasileira através de marcadores Indels.
- Desenvolvimento de Marcadores Moleculares para Tipagem de Primatas Não-humanos Ameaçados de Extinção e Espécies Invasoras Implicadas em Hibridação Natural (CALLITHRIX:PLATYRRHINI).
 
 
 Temas sugeridos para debates:
 
- Perícias por DNA e Prestação Jurisdicional;
- Experiência antes e depois da "Era do DNA Forense";
- Acesso a perícias por DNA na Justiça como um todo e na Justiça Gratuita;
- Visibilidade e alcance social do Programa DNA do TJRJ para atendimento à Justiça Gratuita;
- Oitiva de Peritos em audiência / respostas de quesitos;
- Perícia post-mortem - complexidade, validação de restos mortais exumados;
- Perícia com investigado ausente – premissas, complexidade, parentes em primeiro grau a serem convocados e relação com elevação/diminuição da possibilidade de Conclusão;
- Importância para a perícia da participação das genitoras das partes
- Convocação em audiência;
- Coleta de amostras biológicas em audiência;
- Validação de amostras biológicas coletadas através de kits;
- Expectativas;
- Outros