Profa. Leila e Prof. Israel com as Sub-reitoras Profa Regina Henriques (SR3) e Profa Mônica Heilbron (SR2)No dia 3 a Profa Leila tomou posse como Vice-Diretora do IBRAG (2008-2011). Seguida a cerimônia no Teatro Odylo Costa Filho.
O IBRAG se reuniu no anfietaro 421 do Pavilhão Haroldo Lisboa da Cunha. Na ocasião foi apresentada a nova página na Internet do Instituto. 
Após a cerimônia de posse, houve confraternização entre todos ali presentes.
 
A nova página na Internet do IBRAG com novo design permite maior participação, como enquetes , quadro de avisos e notícias. Os que se disponibilizarem poderão “conversar” com os leitores na coluna “conversando com” .
 
Abaixo segue o discurso proferido pela nova vice-Diretora Profa. Leila M. Lopes Bezerra
 
Queridos colegas docentes 
Querídos funcionários 
Queridos alunos do IbragProfa. Leila , Vice-Reitora Profa Chritina Maioli e Prof. Paulo Volpato Diretor do Centro Biomédico
Profa. Leila , Vice-Reitora Profa Chritina Maioli e Prof. Paulo Volpato Diretor do Centro Biomédico
A pergunta que sempre nos fazemos é o que dizer, nesta hora. No momento seguinte vêm outras perguntas: “Por que eu estou aqui? Logo a seguir vem aquela, a do lampejo de juízo: “O que é que eu estou fazendo aqui?”
 
Profa. Leila , Vice-Reitora Profa Chritina Maioli e Prof. Paulo Volpato Diretor do Centro BiomédicoFoi no meio de um turbilhão de Ps, Por que, Posse e Prociência, e claro, tudo atrasado deste último, que acordei às 2 horas da madrugada de ontem e ousei escrever algo para dizer a tão importante platéia. Escrevi e vou ler, para não ser traída pela emoção e por uma falha de memória. Quase liguei para meus amigos da FARMACOLOGIA para perguntar: “Tem alguma droga (no bom sentido) para me ajudar nesta hora?”
Coloquei no papel as lembranças da minha trajetória nesta instituição, não para falar sobre mim, mas pelas razões e ideais que me levaram a estar aqui, tomando posse como vice-diretora do nosso querido IBRAG. Escrevi inspirada na feliz figura mostrada pelo Israel na Aula Inaugural da Biologia deste semestre, a de alas da nossa Escola de Samba, o IBRAG, que pode ter diferentes e exuberantes fantasias e alegorias, mas que não ganha se perder no quesito conjunto e harmonia. Já citei uma delas, ainda faltam 10.
 
Tentei achar a resposta do primeiro por que, o de estar, pela segunda vez, assumindo a vice-Direção do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, vieram as lembranças de minha trajetória na UERJ e, talvez, a razão da “falta de juízo”.
 
Decidi compartilhar com vocês, neste momento muito especial para mim, não só as minhas razões, mas alguns sonhos, ideais e algumas boas lembranças:
 
1ª. O convite que recebi numa sexta-feira no final do dia, que me fez pedir 48 horas para responder, que viraram 72 horas, e cuja resposta vocês conhecem, pois colocou-me aqui, hoje, diante de vocês, não partiu apenas de um caro colega, mas, sobretudo, daquele que foi o paraninfo de minha turma de Ciências Biológicas, e, portanto, meu padrinho. Um querido professor da BIOFÍSICA, cuja capacidade de trabalho, conduta profissional e o amor pela UERJ foram reconhecidos por minha turma de graduação, e, portanto, quando eu ainda sentava nestas cadeiras como estudante de Ciências Biológicas. (slide 2) – vocês reconhecem este rosto? E este?)
 
Profa. Leila e o Magnífico Reitor, Prof. Ricardo Vieiralves)2ª. Naquele período as raízes que me levaram a ter um forte vínculo com esta instituição começaram a brotar - por falar em raízes, meu primeiro estágio de IC foi na BOTÂNICA. Com elas vieram as primeiras crises. Licenciatura ou Bacharelado? Alguns colegas nos diziam: “Vai escolher o Bacharelado? Quer morrer de fome?” Aí batia o medo de morrer de fome, mas, o meu coração dizia: “Poxâ, mas eu quero mesmo é ser cientista”. Com a resposta que obtive de um mestre, para as minhas indagações de estudante, veio a minha decisão. Hoje, quero deixar esta mesma mensagem aos nossos alunos, que são uma das razões de eu ter aceitado o desafio de estar aqui. Não desistam dos seus sonhos profissionais, nunca!!! Como eu encontrei a minha resposta? Com um professor, que já não está entre nós, mas a quem devo uma sólida formação profissional, o meu ser Biológo, e que não pode faltar na nossa lembrança Ibragiana, o Dr. Hugo Caire de Castro Faria. A quem cheia de dúvidas, perguntei: “Se eu fizer o Bacharelado vou morrer de fome? Vou ficar sem emprego? Tem mercado?” E ele me respondeu: “Menina, nunca vi ninguém muito bom ficar desempregado. Logo, trate de se esforçar e dar o seu melhor, sempre”. Ainda estou tentando dar o meu mehor, não fiquei desempregada e nem desisti do meu sonho. Se estou aqui, devo isso, em parte, a ele. E aí vêm as boas lembranças dos momentos compartilhados com os meus queridos amigos, estagiários da BIOQUÍMICA. (slide 3: Vocês conhecem este rosto?).
 
3ª. Naquela época, no INCA, aprendi que em Ciência não se faz nada sozinho, aprendi a trabalhar em equipe e que cada um era imprescindível e tem seu papel, os alunos nos diferentes níveis de formação, o docente/orientador e os técnicos, com quem aprendi muitas coisas - e que nos salvavam nas provas práticas de ANATOMIA e que muito nos ajudavam nas aulas práticas de HISTOLOGIA, na FISIOLOGIA..... Bons tempos. E aqui não poderia deixar de expressar meu carinho e agradecimento a equipe do LMCProt (slides 4 e 5), uma pequena família – que nos ajudou a concretizar este momento de confraternização - e, dessa forma, fica aqui registrado o meu reconhecimento ao importante papel nesta Instituição de cada um desses segmentos (alunos, técnicos e docentes). É com este mesmo espírito, de equipe, que trabalharemos nestes 4 anos.
 
Profa Leila em comemoração com alunos4ª. Ser vice-diretora....de novo? Nunca, nada é igual. Cada passo representa um novo momento, um novo aprendizado, uma nova contribuição, consolidada pelos passos e experiências anteriores, que não são poucas nestes anos de trajetória na UERJ, desde aluna. Comecou no movimento estudantil e na luta pela regulamentação da profissão de Biólogo, sem haver subdivisão por áreas ou dois CRs......perdemos. Quando pela primeira vez decidi encarrar este desafio, o de dirigir o IBRAG, com a inexperiência daquele momento seguiu-se um enorme aprendizado. Saí dos muros protegidos do IBRAG, diria mesmo que da ostra (agora lembrei de ZOOLOGIA e das aranhas dos meus colegas que alimentávamos com........esta tal Lei Municipal não me permite contar!). Pude conhecer a UERJ, os nossos parceiros, nossos vizinhos, enfim, a pluralidade e a universalidade que definem uma Universidade. Não estamos sozinhos e avançamos muito mais através do esforço coletivo. Cito, como exemplo, o projeto FINEP CT_INFRA deste ano, nosso primeiro desafio de gestão, que submetemos em conjunto com os nossos vizinhos, o Instituto de Química (a quem faço aqui um agradecimento público pelo acolhimento e parceria) e a FCM, na tentativa de resgatar parte da nossa dignidade, por um ambiente de trabalho menos insalubre e menos inóspito, tanto no Haroldinho quanto no Piquet Carneiro e, claro, ecologicamente mais correto (não podia deixar de mencionar a querida ECOLOGIA!). Na minha eterna visão crítica, desde estudante, a Biologia não se divide em áreas, Biológica e Biomédica, apenas fisicamente em dois prédios. Ainda mais agora, numa era regida pela trans e multidisciplinaridade. Nesse caminhar fazemos novos amigos e parceiros, assim como não esquecemos de velhos amigos e parceiros de luta por uma UERJ que deixa para trás o escolão, dia após dia. (slides 6 a 10 – primeiro Encontro do IBRAG no IPRJ e companheiros de luta)
 
5ª. Por fim, e não menos importante, não poderia deixar de mencionar a minha casa, a BIOLOGIA CELULAR e finalizo com a GENÉTICA. Não estaria eu aqui se não fosse pelo suporte, pelos princípios, pela educação e pelos genes da minha família (slide 11). Porém, a principal resposta do meu porque está no penúltimo slide (slide 12), o que tenho de mais precioso, minhas filhas, das quais muito me orgulho. Com certeza, é com o espírito de tentar construir um mundo melhor para as gerações futuras e para elas - que nem sempre tem a mãe disponível, mas sabem a razão - que eu esteja assumindo, mais uma vez, este desafio. Neste sentido, a Universidade tem um papel fundamental na geração do conhecimento, na transmissão do conhecimento (aqui lembro da capacitação de professores pelo nosso ENSINO EM BIOLOGIA) e na mudança dos paradigmas da sociedade, para melhor, é claro!!!!
 
Finalizo com uma foto histórica (slide 13). Já perceberam que remexi o baú! Foi tirada em 1978 quando era diretor do IBRAG o Prof. Roberto Alcantara Gomes, da Biofísica, e vice-diretor, o Prof. Mauro Velho, da Biologia Celular. Ao lado deles nosso paraninfo, que 30 anos depois assume a Direção do IBRAG (slide 14).
 

Obrigada a todos vocês, pela confiança depositada em nós. Talvez não possamos fazer tudo que é necessário, em 4 anos, mas trabalharemos para fazer o melhor possível e para avançarmos juntos.